Autora: J. D. Salinger
Gênero: Romance
Ano de lançamento: 1951
Sinopse: Um garoto americano de 16 anos relata com suas próprias palavras as experiências que ele atravessa durante os tempos de escola e depois. Revela o que se passa em sua cabeça. O que será que um adolescente pensa sobre seus pais, professores e amigos?
Esse livro é bom pra burro! No duro mesmo! Li e curti o troço todo! É com esse vocabulário caulfieldiano que começo a resenha dessa obra que me surpreendeu do começo ao fim. Um daqueles livros que você sabe que existe a trocentos anos e sempre ouve falar bem dele... mas, por sórdidos golpes do destino, acaba não lendo! Foi assim com "O Apanhador". Depois de muito tempo, finalmente li o dito cujo e posso afirmar que o livro é mesmo excelente!
Mesmo tendo sido escrito há mais de meio século, o protagonista Holden Caufield é uma figurinha que nunca ficará ultrapassada. O adolescente rebelde, que não se conforma com alguns fatos da realidade e fica facilmente deprimido. Quem lê, logo se identifica e lembra: putz, eu já fui assim!
Pesquisei mais sobre o livro e descobri uma coisa muito interessante: ele foi o pontapé inicial para o conceito de adolescência. Antes, esta era considerada apenas uma transição da infância à fase adulta, que ninguém reparava muito. Foi assim que J.D. Salinger conseguiu, da melhor forma possível, descrever o que sente um adolescente que é sufocado pelo mundo que o cerca.
O livro é narrado na primeira pessoa de Caulfield, que nos faz trocar de opinião toda hora sobre seu caráter. Uma hora, achamos que ele realmente é injustiçado. De repente, percebemos que ele é um cara mimado que só sabe encher o saco dos outros para não morrer de tédio. E logo nos surpreendemos, quando ele tem gestos de solidariedade com algumas pessoas. Expulso do colégio interno pela terceira vez, Caulfield não tem a mínima vontade de encarar a decepção dos pais. Para adiar tal momento, fica torrando seu dinheiro nas ruas de Nova Iorque e sempre buscando se relacionar com pessoas, que acabam não sendo boas o suficiente para ele. A irmãzinha Phoebe é o porto seguro dele. Só de falar nela, ele nem parece o mesmo revoltado de sempre. De certa forma, parece que ele faz isso para se redimir das burradas que comete, amando demais a irmã enquanto não suporta seus pais e outras pessoas.
Voltando à realidade, outro fato curioso é que o assassino de John Lennon carregava esse livro após cometer o crime, quando foi encontrado pela polícia... e antes, até pediu para o ex-beatle autografar a capa. Outro fã do livro era o cara que tentou atirar no ex-presidente americano Ronald Reagan. Caraca! Esse livro parece inspirar psicopatas hein! Mas fiquem tranquilos que estou longe de ser um rsrs. E se você não tiver nenhum histórico nesse sentido, recomendo (E MUITO) a leitura!
Oi, Ruben!
ResponderExcluirRealmente, eu já ouvi falar tanto desse livro, mas nunca tive a curiosidade de ler.
Depois do seu post, agora fiquei interessada.
Quem sabe eu leio quando a pilha diminuir... rs.
Beijos!
Oi Sanzinha! Com ctz vc não irá se arrepender! Bjs e um ótimo ano novo!
ResponderExcluirGente, tá rolando promoção lá no blog.
ResponderExcluirPassem por lá!
http://universoliterario1.blogspot.com/