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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sobre morros, ventos e orgulho

Prepara que o post é grande, mas eu garanto que vale a pena (quanta humildade :P).

Há pelo menos uns dois anos eu assisti Orgulho e Preconceito, de 2005. Achei o filme mais sonso que já tinha visto na vida, Mr. Darcy até era bonitinho, mas sua atração por Keira Knightley (sim eu pensei na atriz, não na personagem, mas não me julgue por isso) era pra mim algo absurdo. Como aquela magrela poderia ficar com um homem como aquele?

Pois bem, essa semana eu li Orgulho e Preconceito de Jane Austen e fiquei inquieta para assistir ao filme novamente que eu nem lembrava mais como era. Achei perfeito, quase chorei. Ok. Exagero um pouco, mas agora mergulhei fundo na história, consegui identificar as falas do livro e reconhecer que tanto Keira Knightley quanto Matthew Macfadyen captam exatamente a essência de Elizabeth e Mr. Darcy. A primeira mais ainda porque Keira não é exatamente a atriz mais linda ever e se encaixa muito bem no perfil físico e emocional que Austen desenha sobre Elizabeth. E como não poderia ser diferente, agora entendo porque Mr. Darcy faz tanto sucesso e entrei para seu fã clube. Ele é marrudo, mal humorado, mas tem um charme irresistível. Homens sérios e bonitões geralmente tem esse poder. Depois de ler o livro e assistir ao filme fiquei imaginando como foi o processo de aproximação dos dois. Porque é engraçado que ambos quase não se falam durante a trama toda. E mesmo assim se apaixonam. Sério, pára e pensa: o livro mostra a história de duas pessoas com personalidades parecidas que antes mesmo de se conhecerem a fundo ou de se falar, se apaixonam, por mais que demorem a admitir seus sentimentos e eu que era bem adepta da teoria “que os opostos se atraem”, comecei a ser mais flexível quanto a isso e parar de ficar julgando os casais à minha volta com pensamentos do tipo: “Eles são idênticos, são orgulhosos. Nenhum deles cede. Isso nunca vai dar certo”. E outra conclusão que cheguei é que o título da obra é perfeito (dãr!) assim como Mr. Darcy. \o/

Parte II (ou eu me contradizendo):

Sobre O morro dos ventos uivantes de Emily Bronte. Eu falei nesse post que ainda não tinha lido esse clássico. Aliás, acredita que eu ainda não tinha lido esses dois livros? Sério pode falar mal de mim. Não sei como passei tanto tempo procurando outros e deixei de ler esses por puro preconceito (ou por trauma de ler clássicos como Iracema {Isso aconteceu na 6ª série e eu não entendi nada do livro :P}).

Agora o foco. O interessante é que nesse caso aconteceu o inverso, no sentido de que eu assisti primeiro ao filme, a adaptação de 2009 para TV com Tom Hardy (que, aliás, está brilhante no papel) e fiquei imensamente curiosa para ler o livro e por incrível que pareça, essa súbita curiosidade nada tem a ver com a série Crepúsculo.
Só que demorei um ano pra ler e depois que li, segundo minha irmã, fiquei alucinada com a história, assisti as outras adaptações de 1939 e 1992 e agora estou pastando pra achar a de 2009 de novo pra assistir essa que a meu ver é a mais fiel.

Tenho que dizer que esse livro é angustiante e melancólico. E por mais que ele seja trágico eu até me emociono de imaginar um amor tão forte assim. E esse lance desse amor intenso ainda acarretar obsessão e quase uma loucura me cativou.

O amor de Heathcliff e Catherine é uma coisa muito doida. Eles se sentem parte um do outro, se conhecem profundamente, cresceram juntos. Só que a frustração de não ter cada um para si causa também causa um ódio nos dois. As provocações de Catherine, suas ofensas contra Heathcliff, seu gênio difícil me irritavam durante a leitura. Por outro lado o monstro que Heathcliff se tornou é quase revoltante. É por isso que Emily Bronte foi um gênio.

Só um comentário comum às duas obras: Céus! Como aqueles tempos deviam ser tediosos! Eu tenho a impressão que ficava todo mundo sentado na sala olhando pro teto no inverno, já que não tinha como sair de casa! Convite para dar uma volta pela sala de estar? Oi?

Fica o recado da titia: não faça como eu. Não deixe de ler livros clássicos só porque você não teve boas experiências, principalmente, com a linguagem difícil que eles costumam apresentar. Conhecer palavras novas vai enriquecer seu vocabulário. Além do mais, você não sabe o que está perdendo.

4 comentários:

  1. Bom, vamos por partes... é muita informação xD
    Primeiramente, eu devo dizer que eu sou suspeita para falar de Jane Austen, porque na minha opinião ela é simplesmente genial!
    Elizabeth e Mr.Darcy são o casal mais popular da literatura inglesa, eles tem uma série de objetos que vão de almofadas à canecas por toda a Inglatera! E eu acho isso lindo s2
    Na minha opinião, o mais cativante da obra são as descrições, porque não se tratam de descrições longas, como as do seu trauma Iracema, mas de descrições curtas e geniais. Se você notar, a Jane faz poucas descrições em relação ao Senhor Collins, mas é por meio das suas ações que podemos definir o seu caráter. O que contradiz todo o título da obra, porque formamos os caráters por meio das ações e não das descrições iniciais, como o físico e a maneira de falar.
    Você já assistiu Lost in Austen? É uma série bem bobinha, mas é uma graça. São poucos capítulos e conta a história de uma menina que vai parar dentro do livro Orgulho e Preconceito e começa a mudar toda a história :P

    Quanto a Morro dos ventos uivantes eu não posso comentar porque ainda não li (SHAME ON ME), mas gostei muito do post, quero muito ler (quando puder).

    Peace and light,
    Eliza

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  2. Ps: prometo não falar tanto nos próximos comentários HAHAHA

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  3. ELiza! muito obrigada pelo comentário! Concordo absolutamente com sua opinião com a descrição de Jane, o livro não é nada maçante apesar das descrições e do pouco diálogo. Adorei!
    Obrigada pela dica da série!

    bjs, Carol

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