Resenha - Ela foi até o fim

Título: Ela foi até o fim
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Classificação: *****

Sinopse: Uma roteirista de sucesso que já contribuiu para vários filmes de ação que renderam milhões de bilheteria – ela até ganhou um Oscar! O problema é que seu namorado, o grande astro do filme, resolveu trocá-la pela estrela principal! E agora Lou terá que provar que conseguirá passar por tudo para esquecê-lo e, no caminho, talvez até encontre o verdadeiro amor.

Podem até querer atirar pedras em mim, mas foi o primeiro livro da Meg Cabot que li.

E já adianto que me apaixonei. Na verdade, confesso que fiquei um pouco receosa porque quando ia comprar os vendedores olhavam pra minha cara e afirmavam “olha, esse é um livro infanto-juvenil”. Tudo errado. Esse livro já é voltado para o público adulto. Garanto que não há nada de infanto e sempre ouvi falar tão bem dos livros da Meg Cabot que resolvi levá-lo.

Primeiro a capa do livro que achei perfeita. Capta exatamente sua essência, além de ser linda. Mas vamos à história.

Lou Calabrese é uma roteirista de sucesso ganhadora do seu primeiro Oscar por um filme que escreveu especialmente para seu namorado, Bruno di Blase, que há tempos tenta ganhar notoriedade em Hollywood como ator. Lou é daquelas mulheres batalhadoras que acreditam no amor (óooo), mas sua vida sentimental anda um caco desde que seu ex-namorado ingrato jogou pelos ares um relacionamento de dez anos para se casar com Greta, atriz que também protagonizou o tão premiado filme. Lou fica sabendo da notícia que já virou manchete em todos os jornais (!), durante as gravações de Copkiller que tem uma das cenas rodadas no Alaska.

É durante esses acontecimentos que já no início no livro nos deparamos com a figura de Jack Towsand, que com certeza faz com que qualquer mulher imagine em perfeito Mc’dream. Sei lá, eu imaginei um cara bem alto, gato, cabelos escuros e olhos muito, mas muito azuis. Talvez uma mistura de Jesus Luz (:P) com George Clonney. Na verdade, cheguei a essa conclusão mais pro final do livro quando a autora menciona que Jack tem alguns cachinhos. Jack também é o tipo de homem que uma mulher deve fugir: lindo, sensual e que, sim, pode e tem todas as mulheres que quiser. Ainda por cima, Jack é um tanto irreverente, como protagonista da série Copkiller de Lou, muda as frases dos roteiros, acha-a arrogante e cínica e para completar é ex-namorado da atriz que se casa com o ex dela (sente o drama).

Enfim, não vou contar detalhes da trama, mas o fato é que Lou acaba perdida no meio do Alaska com Jack depois que esse sofre uma tentativa de assassinato pelo piloto durante sua viagem ao set de gravações de Copkiller, fazendo com que o helicóptero em que estavam caísse. É com essa convivência forçada para sobreviver que eles acabam tendo que se aturar e até digamos, se conhecer melhor. Devo dizer que Lou é uma mulher muito forte, que em vários momentos da história eu fiquei com vontade de atirar o livro pela janela porque ela sempre conseguia resistir tanto ao charme de Jack. Além disso, a história tem até pontos que são um pouco previsíveis, como, por exemplo, eles sempre acham abrigo para passar uma noite de nevasca o que sempre favorece algo a mais entre o dois. Apesar desses detalhes que não estragam em nada a leitura, a história é ótima e muito engraçada, com tiradas muito inteligentes, um humor espontâneo muito bem explorado nos diálogos. Aliás, já mencionei aqui que o os livros que mais gosto são recheados de diálogos que, nesse caso, fizeram com que eu lesse o livro de 400 páginas em três dias. Outra característica peculiar da narrativa de Meg Cabot é a descrição. E não vou me prolongar nesse sentido, mas devo dizer que Meg se atém a...hum... detalhes quando descreve as cenas mais quentes do livro, parece até que você assiste a história ao mesmo tempo em que lê.

Recomendo horrores! (Isso soou esquisito)